Absurdos de cada dia

Isso é o que podemos chamar de bom uso do dinheiro público.


Revoltante como a maior parte do uso do dinheiro público no Brasil.

Fim

E então Osama Bin Laden morreu. Ou mais precisamente: foi morto por tropas norte-americanas.

A minúscula frase tem capacidade suficiente para causar enrome polêmica, principalmente na esquerda estúpida ( porque nem toda esquerda é, necessariamente, estúpida. Apenas grande parte). Isso por alguns motivos básicos:

1. Falou em terrorista, pronto, a esquerda já gosta.
2. Se este morrer então, meio caminho andando para virár herói. Se for morto então não tem jeito: vira MÁRTIR.
3. Se esta morte for causada por norte-americanos o circo está montado: é imperalismo ianque, massacre, enfim..

Além destas declarações lamuriosas que vemos após a morte de Bin Laden, como se este efetivamente fizesse alguma falta pro mundo, existe ainda outro grupo, dos que duvidam da morte do terrorista. Usam o argumento mais fajuto e inconsistente: 'mas cadê o corpo', 'até parece que quem matou o Bin Laden não ia querer mostrar ele morto pra se vangloriar'. Destes eu sinto pena, porque alegar uma coisa dessas é ingorar o único motivo que fez as tropas americanas jogarem o corpo de Osama no mar: não gerar um local de futura peregrinação pelos seguidores de Bin Laden. Mais óbvio impossível.

Sabemos que a morte de Bin Laden, hoje, não significa o fim da guerra ao terrorismo, tampouco o enfraquecimento da grande rede que é a Al Quaeda. Sabemos que há um sucessor, e que muitas coisas ainda podem acontecer. Mas o que mais me alegra neste momento é saber, que as milhares de pessoas que perderam amigos, familiares e colegas de trabalho naquele fatídito 11 de setembro, agora têm o mínimo de conforto em seus corações, pois sabem que mesmo tardiamente, a justiça pelos que morreram inocentemente naquele dia , chegou.
O sofrimento destas pessoas não terminou, mas a consciência de que o responsável por tamanha crueldade está morto, faz com que parte desta indignação chegue ao fim.

Tributação e crescimento

Um ótimo exemplo de um dos diversos efeitos negativos causados por uma elevada carga tributária, e como esta pode inibir o crescimento econômico está aqui :

http://economia.estadao.com.br/noticias/economia,energia-cara-tira-industrias-do-brasil,not_63901,0.htm

A reportagem também aborda a questão da competitividade chinesa em território brasileiro, mas achei pertinente e extremamente didático focarmos na questão dos tributos no Brasil. A enorme incidência de impostos encarece a produção, tornando-a pouco vantajosa para as empresas instaladas em nosso País. Por mais que aja uma tentativa, por parte de alguns grupos de economistas, em negar esta verdade, a evidência está aí.

Vale lembrar que o problema dos custos com impostos não abrange somente as grandes empresas multinacionais. Desde o pequeno comerciante, e até mesmo o consumidor final, todos são prejudicados com os efeitos dos altos impostos.

É bastante lógico e simples acompanhar o seguinte raciocínio: dada a sua renda de um determinado período, quanto mais impostos forem pagos, menos renda estará disponível para consumo. Como consequência, você consumirá menos produtos e serviços. Por conta disso, diversos setores deixaram de produzir, e o crescimento econômico será menor do que poderia ser caso houvesse menor incidência de impostos.



A tributação gera crescimento? Sim... do Estado.

Matar aula dá nisso...

Sabe como que se descobre que alguém matou muita aula? E ainda mais: sabe como se descobre EXATAMENTE quais matérias a pessoa faltou?

Lendo uma notícia dessas:

http://economia.estadao.com.br/noticias/economia+geral,nao-ha-risco-de-inflacao-sair-do-controle--diz-ipea,not_62678,0.htm?a

Quando você termina de ler , percebe claramente que a pessoa em questão, o então coordenador do grupo de análises e previsões do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Roberto Messenberg (PASMEM) matou muitas aulas de Macroeconomia, ou Introdução à economia, e também Economia Monetária, no mínimo.

Recesso Forçado

Infelizmente o já fiquei calado acabou tirando umas férias forçadas. A troca de estágio da dona do blog, somada à tentativa de engrenar nos estudos para um possível mestrado/maratona de concursos públicos e ainda o retorno às aulas deixaram a manutenção do blog um tanto quando complicada. Esqueci de comentar que no meio disso tudo fiquei 1 semana sem internet, quase como ter um braço amputado nos dias de hoje. Voltando à ativa, o já fiquei calado tem inúmeras reclamações pra gritar por aí:

• temos as declarações inclassificáveis do deputado Jair Bolsonaro. ( Que infelizmente só agora muitos dos seus eleitores foram descobrir quem ele realmente é);

• o irônico ajuste fiscal do governo Dilma, que tem direito até a aporte do Tesouro para o BNDES. Uma maneira realmente inusitada, até mesmo inovadora de garantir corte nos gastos. ( Links muito interessantes para o assunto em (http://www.cristianomcosta.com/2011/03/politica-e-politica-fiscal.html).

• temos também o deputado mais votado do Brasil, Tiririca, empregando amigos comediantes com um salário de 8 mil na Câmara, que sequer prestam expediente;

• além disso, a mulher líbia que conseguiu invadir um hotel e denunciar a vários repórteres que havia sido estuprada por 15 homens das forças de Muamar Kadafi será acusada criminalmente. É difícil saber se as informações sobre ela são verdadeiras ou não, já que cada lado da história oferece uma versão distinta. Mas numa região marcada por tamanho extremismo religioso e intolerância , não é de se duvidar que tal denúncia seja verdadeira. Esse tipo de atrocidade, infelizmente, é comum em alguns países, como eu já postei aqui no Blog: http://jafiqueicalado.blogspot.com/2010/12/ficar-calado-tambem-e-um-crime.html

Agora com a rotina normalizada, posts novos coma devida frequência.

E depois da Quarta de Cinzas...

A capacidade de super-indignação ( somada à campanha, divulgação e discussões fervorosas em redes sociais) com temas ligeriamente levianos ( nada pessoal contra o carnaval ou com as pessoas que dele vivem) como a vitória da Beija-Flor no carnaval carioca, me revolta.

Minha nossa, as pessoas fazem discurso, gritam, xingam, falam bonito e soltam uma tonelada de desaforos como se isso fosse mudar alguma coisa. Como se isso importasse.

As redes sociais ficam pipocando com diversos tipos de frases de efeito, no maior estilo denúncia-de-pseudo-intelectuais.

Pra fazer esse tipo de esforço todo mundo tem disposição, todo mundo tem tempo, todo mundo tem coragem. Mas NINGUÉM se manifesta quando isso acontece: http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,video-flagra-filha-de-roriz-recebendo-dinheiro-de-pivo-do-mensalao-do-dem,687722,0.htm

nem quando divulgam isso: http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,camara-estendeu-plano-de-saude-para-os-sem-mandato,689210,0.htm

ou quando mostram isto: http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20110309/not_imp689431,0.php


Não, eu não acho que as pessoas devam se preocupar com o que eu me preocupo, tampouco serem conhecedoras de temas como política ou economia, mas o que eu acho é que se elas tem pulmão pra gritar por uma coisa tão insignificante como o resultado de carnaval, e ao mesmo tempo não se importarem ou não tomarem conhecimento de coisas tão importantes e relevantes que ocorrem neste país, elas não deveriam reclamar do país depois, e dizer que ninguém faz nada, ou que tudo é um absurdo e que as pessoas deveriam se mobilizar.

Pronto, desabafei minha revolta.

O carnaval está chegando!

O tipo de notícia que nos faz refletir sobre o corte de gastos do governo de Dilma em 2011:
http://economia.estadao.com.br/noticias/economia,gastos-da-uniao-com-viagens-sobem-32,not_57131,0.htm

Enquanto isso os concursados que já haviam passados em concursos ficam sem seus cargos e diversos concursos que estavam por vir são cancelados.
Não acho que seja um absurdo adiar concursos por algum tempo, mas acho absurdo que isso seja feito enquanto ocorrem gastos desenfreados em práticas extremamente duvidosas, como esta outra por exemplo: http://economia.estadao.com.br/noticias/economia+brasil,agricultura-da-subsidio-para-fraude,not_56540,0.htm

Ou seja, nesse carnaval, os palhaços somos todos nós!